Arco-Íris de Confusão: Minhas Aventuras (e Desventuras) com o Color Code

Juliana
2 min readJan 23, 2024

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Era uma vez, em um reino não muito distante de meu próprio escritório, que eu, armada de canetas coloridas e um fervoroso desejo de organização, embarquei na aventura de codificar minhas anotações.

Inspirada por um texto que li, “Color Code: Como Aplicar e Melhorar seus Resultados”, eu estava determinada a transformar o caos das minhas anotações em um arco-íris de conhecimento.

No início, tudo parecia simples. Vermelho para conceitos principais, azul para definições, verde para exemplos, e amarelo para fatos e números. A ideia soava tão harmoniosa quanto uma sinfonia de Beethoven. Mas, na prática, a sinfonia logo se transformou em uma cacofonia. A confusão começou quando as definições começaram a se misturar com os conceitos principais. Será que “economia de mercado” era um conceito principal tingido de vermelho ou uma definição azulada? E os exemplos, por vezes, eram tão importantes quanto os conceitos, merecendo, talvez, um esplendoroso tom vermelho ao invés do verde.

À medida que as semanas passavam, meu sistema de cores foi ficando cada vez mais inconsistente. Cada sessão de estudo adicionava mais nuances ao meu arco-íris de informações. E quando chegou a hora de revisar para as provas, eu me vi numa verdadeira epopeia, procurando agulha no palheiro. Em um mar de vermelhos, azuis, verdes e amarelos, cada página de anotação parecia um enigma a ser decifrado.

Então, eis que me bateu a compreensão, como uma luz inesperada no fim do túnel: a tal da consistência, citada no texto que li, mas que eu, na minha teimosia, deixei passar. Assim como um escritor que tece suas histórias com personagens e tramas que se entrelaçam com maestria, eu precisava entrelaçar as cores com a mesma destreza. Não era apenas questão de colorir as páginas com alegria; era preciso um método, uma regra que, como promessa de dedinho, eu deveria seguir à risca.

No fim das contas, aprendi que qualquer sistema, por mais brilhante que seja, só funciona se for aplicado com consistência. O Color Code, assim como qualquer técnica de estudo, exige disciplina e regularidade. Afinal, de que adianta ter um arco-íris de informações se não sabemos onde cada cor leva?

Assim, retomei meu caminho, agora com um sistema de cores mais coeso, lembrando-me sempre de que a beleza de um arco-íris não está apenas em suas cores, mas na maneira como elas se unem harmoniosamente, guiando-nos através do céu do conhecimento. E essa harmonia, descobri, só é possível com a consistência.

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Written by Juliana

Crônicas sobre papel, caneta e arte.

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